Uma vidraçaria localizada em Tijucas, que já está sob investigação devido a uma série de denúncias e Boletins de Ocorrência (BOs) registrados por clientes insatisfeitos, enfrenta agora a acusação de falta de transparência e de descumprimento de obrigações legais.

A cliente Fernanda de Souza, uma das prejudicadas pela empresa, revelou que contratou os serviços da vidraçaria no dia 10 de agosto de 2023 para a instalação de sete janelas, duas portas de correr, três basculantes de banheiro e um box de banheiro em sua residência em reforma. No entanto, após efetuar o pagamento antecipado de 50% do valor, Fernanda enfrentou uma série de problemas com a empresa.

Ela relatou que, inicialmente, acordou com o proprietário da vidraçaria que a instalação ocorreria quando as obras em sua casa estivessem mais avançadas. Porém, após efetuar o pagamento no dia 18 de agosto, Fernanda solicitou que o serviço fosse agendado para a semana seguinte, já que a reforma havia progredido o suficiente. O proprietário concordou, mas começou a pressionar Fernanda para antecipar o pagamento antes mesmo da instalação dos vidros.

Em um momento de fragilidade, Fernanda pagou antecipadamente a totalidade do serviço no dia 18 de agosto, confiando na palavra do contratado. No entanto, após a instalação parcial dos vidros, a empresa não retornou para concluir o trabalho.

A cliente afirma que, mesmo após inúmeras tentativas de contato e pedidos para que o serviço fosse finalizado, a empresa não deu nenhuma justificativa plausível e passou a enrolar Fernanda com promessas vazias.

Além dos atrasos e do serviço inacabado, Fernanda revelou outro problema preocupante: a ausência de nota fiscal por parte da empresa. Ela ressaltou que, de acordo com a legislação vigente, todas as empresas são obrigadas a fornecer nota fiscal tanto do produto quanto do serviço prestado.

"No pedido que foi feito da vidraçaria, ele não lançou nem nota fiscal, nem dos vidros do produto e nem do serviço dele. Ele é obrigado a me dar essa nota fiscal, e até hoje ele não me deu nenhuma", explicou Fernanda.

O Procon local já havia registrado uma série de denúncias e BOs contra o CNPJ da empresa, mas o proprietário se mostrou indiferente às notificações do órgão e não prestou esclarecimentos.

Diante da situação, Fernanda e outros consumidores lesados esperam que as autoridades competentes tomem medidas rigorosas contra a empresa e o responsável por suas operações. A falta de transparência, a quebra de acordo e a ausência de documentação legal são questões sérias que requerem uma investigação detalhada por parte das autoridades e uma resposta adequada para proteger os direitos dos consumidores.