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EXCLUSIVO: 11 vereadores de Tijucas serão julgados no caso iceberg

Entre eles três continuam atuando em suas funções públicas

Por Daianny Camargo
15/09/2023 16:18:14

Uma importante etapa no desfecho de um dos maiores escândalos de corrupção da história política de Tijucas está prestes a ocorrer. Foi marcada a Audiência de Instrução e Julgamento para a próxima terça-feira, 19 de setembro, às 14 horas, na qual a juíza responsável, Monike Silva Póvoas Nogueira, irá conduzir o processo que envolve diversos ex-vereadores e servidores públicos.

 


Fotos: Arquivo

 

Entre os réus que enfrentarão o escrutínio da justiça, destacam-se nomes de relevância política na região. Vilson José Porcincula, atual secretário de saúde, e Jean Carlos de Sieno dos Santos, que ocupa a posição de secretário de Desenvolvimento Econômico, enfrentarão o julgamento em meio às suas funções públicas.

Além disso, figuras como Sidney Machado, José Leal da Silva, Fernando Fagundes (atual vereador), Paulo Sartori, Lialda Lemos Elizandro, Elizabeth Mianes, Oscar Luiz Lopes e Antidio Pedro Reis também terão seus destinos decididos pela justiça local.

 

O CASO:

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apresentou a denúncia há oito anos, apontando um amplo esquema de corrupção na Câmara Municipal de Tijucas. Entre os acusados estão incluído ainda, quatro vereadores que já ocuparam a presidência da Câmara, o Diretor-Geral da Casa Legislativa e os responsáveis por empresas que ofereciam cursos que segundo as invetigações eram fictícios. Além disso, todos os 13 vereadores do município na época, dois suplentes, 25 servidores públicos e empresários locais foram acusados de peculato pelo MP de desviar dinheiro público através desses cursos falsos.

 

 

O MP afirma ainda que o esquema delituoso com seu auge entre os anos de 2013 e 2015 envolveu empresas que simulavam cursos e treinamentos, permitindo que agentes públicos se inscrevessem e recebessem diárias para deslocamento. No entanto, esses cursos eram completamente fictícios, e todos os participantes tinham plena consciência disso. O principal objetivo era justificar o pagamento de diárias, não proporcionar nenhum treinamento real. O valor total das diárias e das taxas de inscrição excedeu a cifra de meio milhão de reais.

A investigação, denominada de "Operação Iceberg", identificou que as empresas envolvidas eram o Instituto Idéia, V&V Vereadores & Vereadoras Do Brasil e PHD Gestão Pública, todas pertencentes à mesma família. Os acusados foram denunciados por peculato, com pena prevista de 02 a 12 anos de prisão, além de responderem por organização criminosa, crime que prevê uma pena de 03 a 08 anos de prisão, devido à atuação coordenada do grupo.

 

 

Na época, como medida cautelar, o Diretor-Geral da Câmara Municipal de Tijucas foi suspenso do cargo, e o sequestro de bens imóveis pertencentes aos acusados foi ordenado para assegurar o ressarcimento aos cofres públicos.

Este julgamento é aguardado com grande expectativa pela comunidade local, que busca respostas e a responsabilização dos envolvidos no escândalo relacionado à política da cidade.

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