Cinco homens presos em Guantánamo ainda aguardam julgamento por seu suposto envolvimento nos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Eles confessaram o crime em 2007, após anos de tortura, mas a defesa argumenta que as confissões são inadmissíveis como prova. A acusação teme que essas declarações sejam descartadas, enfraquecendo as chances dos réus serem condenados à morte.
A possibilidade de um acordo entre as partes, em que os acusados admitiriam a culpa em troca de prisão perpétua em vez da pena de morte, vem ganhando força. No entanto, essa solução é politicamente delicada, e a Casa Branca enfrenta dilemas éticos e políticos em relação a ela.
Um dos principais acusados é Khalid Shaikh Mohammed, considerado o idealizador do ataque às Torres Gêmeas. Os outros quatro réus também são acusados de terrorismo, conspiração e assassinato de civis.
O processo enfrenta desafios devido às condições em que as confissões foram obtidas e à natureza das comissões militares de Guantánamo, que carecem de autonomia e imparcialidade. Para algumas organizações de direitos humanos, essas comissões são ilegítimas.
Além disso, a questão de um possível envolvimento da Arábia Saudita nos ataques e o desejo de encerrar o processo rapidamente são fatores que complicam ainda mais a situação.
Enquanto alguns familiares de vítimas apoiam um acordo para encerrar o caso, outros querem um julgamento transparente que revele informações sobre o ataque e o papel da Arábia Saudita. A questão continua sendo um desafio complexo e controverso nos Estados Unidos.