As Lojas Americanas demitiram 1.448 funcionários da Americanas S.A. e mais dois empregados da ST Importações, que faz parte do mesmo grupo varejista, entre os dias 14 e 20 de agosto. Durante esse mesmo período, a empresa fechou três lojas, totalizando mais de 60 unidades fechadas no país desde a crise contábil que levou a empresa a entrar em recuperação judicial, após acusações de fraude em seus balanços contábeis.
A empresa comunicou que, até 20 de agosto, o número total de lojas é de 1.806, o que corresponde a 96% do total antes da crise. Em relação às demissões, a empresa afirmou que o número está em linha com períodos anteriores, destacando que a composição da força de trabalho é "sazonal por natureza". Até o dia 20 de agosto, a empresa contava com 33.948 funcionários.
Até o momento, não foram anunciados fechamentos de lojas na região de Itajaí e Balneário Camboriú. A rede possui duas unidades em Itajaí, duas em Balneário Camboriú e uma em Navegantes. Apesar disso, em Santa Catarina, que possui mais de 50 unidades da rede, já ocorreram fechamentos em cidades como Xanxerê, no oeste, e Florianópolis. A empresa afirmou que continua focada em manter as operações e melhorar a eficiência.
Entre junho de 2022 e maio de 2023, a Americanas fechou 48 lojas, sendo 38 delas nos primeiros cinco meses deste ano. Além das demissões, que já ultrapassam 8 mil, a empresa também perdeu quase 10% de seus clientes até maio. A queda foi de 12% quando considerado um período de 12 meses. Antes da crise, a empresa vinha enfrentando uma queda gradual no número de clientes.
A empresa encontra-se em processo de recuperação judicial desde a descoberta de um rombo contábil de R$ 20 bilhões em janeiro, o que levou a uma reavaliação de suas contas. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi aberta na Câmara dos Deputados para investigar o caso, ouvindo gestores, ex-gestores e auditores da empresa.