Na manhã desta quinta-feira (24/08), uma operação policial direcionada a suspeitos de envolvimento em crimes que abrangem falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, delitos contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro cumpriu mandados de busca e apreensão em duas localidades ligadas a Jair Renan Bolsonaro, conhecido como "filho 04" do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A Polícia Civil do Distrito Federal detalhou a operação, batizada como Operação Nexum, em um comunicado oficial, sem no entanto mencionar os nomes dos indivíduos alvo da ação.
Fotos: TV Globo
De acordo com fontes, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em duas propriedades associadas a Jair Renan, uma em Brasília e outra em Balneário Camboriú.
A defesa de Jair Renan confirmou que mandados de busca e apreensão foram executados em sua residência em Balneário Camboriú. Foram confiscados um aparelho celular, um HD e documentos com anotações pessoais. A defesa esclareceu que Renan não foi conduzido "para depoimento ou qualquer outra medida".
A nota informou que "Renan informou estar surpreso, mas absolutamente tranquilo com o ocorrido".
A Polícia Civil do Distrito Federal esclareceu que no total foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão.
"A figura central da operação, além de ser o mentor do esquema, possui antecedentes criminais que incluem falsificação de documentos, estelionato, associação criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso e disparo de arma de fogo. Somente em 2023, ele foi alvo de duas operações conduzidas pela PCDF", divulgou a corporação.
Um aspecto importante a mencionar é que o instrutor de tiro e amigo de Jair Renan, Maciel Carvalho, também foi alvo dessas operações policiais este ano. Carvalho já havia sido preso em janeiro.
As duas operações que resultaram nos mandados de busca desta quinta-feira são:
A investigação mais recente revelou um esquema de fraudes englobando crimes de estelionato, falsificação de documentos, evasão fiscal e lavagem de dinheiro, com o intuito de proteger o patrimônio dos envolvidos.
Segundo a polícia, o grupo em questão teria designado um intermediário ou "laranja" para "ocultar a verdadeira propriedade das empresas de fachada ou empresas 'fantasmas', utilizadas pelo indivíduo principal e seus cúmplices".
A operação envolveu um contingente de 35 policiais das polícias civis do Distrito Federal e de Santa Catarina.