O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, anunciou a criação de uma frente política chamada Cossud (Consórcio Sul-Sudeste), com o objetivo de defender o "protagonismo" dos Estados das regiões Sul e Sudeste do Brasil. Ele comparou o país a um produtor rural que dá mais atenção às regiões menos produtivas e deixa de lado aquelas mais produtivas.

Essa declaração gerou reações intensas, com grupos separatistas defendendo a independência das regiões Sul e Sudeste em redes sociais. Algumas publicações sugeriam a ideia de um "muro" separando o Sul e Sudeste do Norte e Nordeste do Brasil. Também circulam mapas do Brasil excluindo completamente estados acima de Minas Gerais.

Os grupos separatistas já existem há algum tempo, como o Movimento "O Sul é o Meu País", que defende a separação de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná do resto do Brasil. No entanto, a Constituição brasileira não permite a independência de estados da federação, sendo considerada uma cláusula pétrea.

A declaração de Zema gerou críticas de várias autoridades políticas de diferentes espectros, incluindo acusações de traição à Constituição e à pátria. O Consórcio Nordeste afirmou que Zema está criando um movimento de tensão com o Norte e o Nordeste, e que suas falas aprofundam a lógica de um país dividido e desigual.

No meio dessa polêmica, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, manifestou apoio à fala de Zema, afirmando que a união do país é importante e que a declaração de Zema não representa uma divisão regional. A discussão ressalta as tensões políticas e econômicas entre as diferentes regiões do Brasil.