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Após fala de vereador, moradores de rua têm direito de resposta negado

No documento, eles mencionaram "várias insinuações" feitas pelo parlamentar

Por Daianny Camargo
29/06/2023 17:09:09

Representantes dos moradores de rua de Brusque e usuários do albergue municipal solicitaram um direito de resposta às declarações do vereador Alessandro Simas (PP) na Câmara Municipal, por meio de um ofício protocolado na sexta-feira, dia 23.

Foto: Reprodução/Divulgação

 

No documento, eles mencionaram "várias insinuações" feitas pelo vereador que depreciaram a imagem daqueles que utilizam os serviços do albergue municipal e da população em situação de rua de forma generalizada.

No entanto, o pedido foi indeferido pela Câmara. Segundo o presidente interino da casa, Deivis da Silva (MDB), o artigo 200 do Regimento Interno estabelece que a Tribuna Popular pode ser utilizada por associações de classe, clubes de serviços ou entidades comunitárias devidamente legalizadas.

No caso em questão, os dois representantes fizeram o pedido de forma isolada, como pessoas físicas, sem comprovar a legitimidade de sua representação, conforme exigido pelo artigo mencionado e pelo parágrafo primeiro do mesmo artigo. Por esse motivo, o pedido foi negado.

A fala de Simas, que motivou o pedido de resposta, ocorreu durante uma sessão na terça-feira, dia 20. Na ocasião, o vereador defendeu a internação compulsória e relatou casos de intimidação por parte de pessoas em situação de rua, especialmente na área central da cidade.

Simas também anunciou que marcaria uma reunião com o prefeito interino André Vechi (DC) para discutir soluções sobre o assunto. Além disso, ele defendeu o fechamento do albergue municipal, que atualmente está localizado na rua Dr. Penido, no Centro, sugerindo que o espaço seja utilizado para outros fins.

"Estão atrapalhando e causando problemas. Não podemos mais permitir isso. Precisamos tomar uma atitude. Comem, dormem, usam drogas e incomodam. Precisamos acabar com isso", afirmou Simas durante seu pronunciamento.

Diante da repercussão no Legislativo, os dois representantes enviaram um ofício em protesto e solicitaram o direito de fala, o qual foi indeferido. Deivis destacou que o pedido pode ser feito novamente, mas os representantes devem buscar uma entidade para representá-los nesse processo.

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