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Suposto caso do jogo Baleia Azul é registrado em Itapema

Menina de apenas 12 anos foi encontrada com os braços automutilados e com a escrita #suicídio

Por Suian Oliveira
19/04/2017 17:49:15
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Foto: WhatsApp TopElegance/Divulgação

Um suposto caso do jogo "Baleia Azul" teria sido registrado, no bairro Morretes em Itapema na manhã desta quarta-feira (19). O pai de uma adolescente, de 12 anos, trabalhava em uma construção e por volta das 7h30 teve que retornar para casa devido ao estado de automotilação em que a filha teria sido encontrada. Em um dos braços ela havia escrito #suicídio.  

De acordo com infromações, por sorte a garota não teria conseguido concluir o jogo evitando se tornar mais vítima desse mal que tem ceifado vidas, principalmente de adolescentes e crianças. 

A morte da menina Maria de Fátima da Silva Oliveira de apenas 16 anos, que residia em Vila Rica/Cuiabá, lançou luz sobre uma brincadeira que está preocupando os pais: o desafio da Baleia Azul (Blue Whale), é um "jogo virtual" de desafios, cujo público alvo são as crianças e adolescentes, por sua vulnerabilidade emocional.

Isso começou há alguns anos na Europa e foi se espalhando, inicialmente por redes sociais de lá, depois por Facebook e agora por WhatsApp e outros aplicativos de conversa. No Brasil, há pelo menos dois casos registrados de morte em que a polícia está investigando.

 

A estrutura do jogo funciona assim:

Uma pessoa, classificado como "curador" é o responsável por identificar perfis e convidar jovens para participar de grupos fechados.

Uma vez no grupo (seja por Facebook, WhatsApp ou outro canal de comunicação virtual) o curador vai conduzindo o adolescente a participar de atividades (no começo nem sempre arriscadas), para testar seu real interesse.

 

Ao todo são 50 desafios.

Começa com coisas simples, como assistir um determinado filme de terror de madrugada, para depois responder perguntas ao curador, seguindo por fazer pequenas lesões e fotografar, para mandar para o curador, convidar outros amigos para o jogo, até ações mais arriscadas como ficar na beirada de uma ponte/telhado/sacada por x minutos, balançando os pés, e assim sucessivamente até que a última atividade, normalmente, leva o adolescente à morte/suicídio.

Os desafios são praticamente diários, então pelo menos todo este processo demora cerca de 50 dias ou mais, em que o adolescente "evolui" à medida que cumpre tarefas.

Como eles são muito introspectivos, influenciáveis e competitivos nesta fase, sentem-se superiores a cada desafio superado e isso, como um vício induzido em adrenalina, faz eles se manterem em silêncio sobre o que está acontecendo.

Alguns dos desafios incluem cortar os pulsos, a língua, os lábios, a mão, distribuir balas envenenadas em escolas e creches, subir no alto de prédios e sentar na beirada, sair de madrugada (são orientados a sair 4:20, horário atribuído mundialmente ao uso da maconha para identificar usuários de drogas), entre outros.

 

Esse jogo tem feito algumas vítimas:

Um adolescente de 15 anos que mora em Lages, Santa Catarina, tentou se matar por duas vezes, depois de participar do jogo da ‘Baleia Azul’, nas redes sociais.

A Policia Militar de Tubarão evitou neste último sábado (15), que uma jovem de 20 anos tirasse a própria vida para concluir o jogo.

Segundo a polícia, além desses casos registrados, há suspeitas de outros casos envolvendo crianças e adolescentes relacionados ao "jogo" em outras cidades e regiões de Santa Catarina.

Por isso, as investigações em todo o estado estão sendo feitas de forma compartilhada. Pais, professores e responsáveis por crianças e adolescentes, fiquem atentos aos sinais de lesões que possam indicar a prática do jogo.

Caso perceba alguém com esses sinais, avise os pais ou responsáveis, ajude a sair desse golpe. Caso você esteja participando, saia imediatamente e bloqueie o curador/bandido. Ele não tem poder sobre você e não vai fazer nada contra sua família. Busque ajuda. Acesse o site http://www.cvv.org.br e peça ajuda e orientações.

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