Política

Governo de Santa Catarina suspende projetos de rodovias que desafogaria a BR-101

O governador Jorginho Mello justificou que a prioridade atual é a recuperação das estradas estaduais

Por Daianny Camargo
14/06/2023 13:51:05

Foto: João Batista/Divulgação

 

O governo de Santa Catarina, liderado pelo governador Jorginho Mello (PL), decidiu engavetar os projetos de construção de duas novas rodovias estaduais: uma rodovia paralela à BR 470, que ligaria Itajaí a Rio do Sul, e o Corredor Litorâneo Norte, que seria uma alternativa para desafogar o tráfego na BR 101, ligando Joinville a Biguaçu.

Essas propostas haviam sido anunciadas no ano passado pelo então governador Carlos Moisés (Podemos), que lançou editais para contratar os estudos de viabilidade das obras. A rodovia paralela à BR 470, com extensão de 105 quilômetros, passaria por Indaial, Blumenau, Gaspar e Ilhota, utilizando trechos de rodovias estaduais já existentes. O objetivo era melhorar a mobilidade nas regiões da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri) e do Alto Vale do Itajaí, desviando parte do tráfego concentrado na BR 470. O edital foi lançado em março de 2022 e uma empresa foi licitada por R$ 780 mil, mas até o momento nenhum trabalho foi iniciado.

Além disso, o projeto do Corredor Litorâneo Norte, paralelo ao trecho norte da BR 101, também enfrenta dificuldades. Esse projeto estava em estágio mais avançado, com licitação dos projetos executivos da nova rodovia, após ser anunciado em junho de 2022. No entanto, sua retomada dependerá de uma reavaliação por parte do governo de Jorginho Mello.

A rodovia paralela à BR 101 teria uma extensão de 145 quilômetros, conectando Joinville a Biguaçu pelo interior das cidades litorâneas. O custo estimado dessa obra pelo estado era de R$ 6 bilhões. Na região da Amfri, o corredor passaria por Luiz Alves, Ilhota, Navegantes, Gaspar e Brusque, aproveitando o traçado da SC 108 já existente.

O governador Jorginho Mello justificou que a prioridade atual é a recuperação das estradas estaduais, o que levou à suspensão desses projetos de novas rodovias. Com essa decisão, os recursos destinados aos estudos das obras foram cancelados, impactando a continuidade dos projetos e a expectativa das regiões beneficiadas com melhorias na mobilidade.

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