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A autorização dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para a operação da Polícia Federal que atingiu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (03), aconteceu porque Moraes e a PF acreditam que Bolsonaro tinha "plena ciência" do esquema de adulteração da dados vacinais investigado pelas autoridades.
A autorização para que a Polícia Federal recolhesse o documento foi concedida na mesma decisão que permitiu a ação de buscas contra o político. O ministro determinou a busca e apreensão de "armas, munições, computadores, passaporte, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos, bem como de quaisquer outros materiais relacionados aos fatos aqui descritos". Em entrevistas concedidas na última quarta-feira (02), Bolsonaro negou ter conhecimento sobre qualquer fraude relativa aos seus dados de vacinação e voltou a afirmar que ele e sua filha de 12 anos de idade não foram vacinados.
Com a decisão, o ex-presidente fica impedido de deixar o país. Bolsonaro negou irregularidades. "Não existe adulteração de minha parte. Eu não tomei a vacina", disse o ex–presidente.
A Operação Venire, deflagrada na manhã de hoje, investiga um suposto esquema que teria sido iniciado pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, com o objetivo de alterar dados de vacinação de pessoas próximas ao militar, inclusive do ex-presidente Bolsonaro e sua filha.