Política

PF faz buscas na casa de Bolsonaro e prende ex-ajudante Mauro Cid

6 pessoas já foram presas na Operação; 16 mandados de buscas são cumpridos

Por Redação B
03/05/2023 08:33:42

Foto: /Divulgação

Na manhã desta quarta-feira (03) a Polícia Federal faz buscas na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília. Os policiais também prenderam o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa.

A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes dentro do inquérito das "milícias digitais" que já tramita no Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro não foi alvo de mandado de prisão, mas deve prestar depoimento ainda nesta quarta na Polícia Federal em Brasília.

Até as 8h20min, policiais seguiam no condomínio onde o ex-presidente mora desde que voltou ao Brasil, em março. A corporação investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, entre novembro de 2021 e dezembro do ano passado.

"Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid", diz a Polícia Federal.

Segundo informações apuradas pela TV Globo e a GloboNews teriam sido forjados os certificados de vacinação:

- do hoje ex-presidente Jair Bolsonaro;

- da filha de Bolsonaro, Laura Bolsonaro, atualmente com 12 anos;

- do ex-ajudante de ordens Mauro Cid Barbosa, da mulher e da filha dele.

Essa suposta falsificação teria o objetivo de garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória.

A PF ainda investiga a situação de outros membros da comitiva, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Até as 7h, todas as prisões já tinham sido cumpridas. A TV Globo apurou os nomes de quatro dos seis presos:

- o coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro;

- o policial militar Max Guilherme, que atuou na segurança presidencial;

- o militar do Exército Sérgio Cordeiro, que também atuava na proteção pessoal de Bolsonaro;

- o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.

Segundo a PF, as condutas investigadas podem configurar, em tese, crimes como infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

Os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro.

Informações: G1/Divulgação

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