notícia

Conheça as diferenças e semelhanças entre a Gastrite e o Refluxo

De acordo com especialista do H S J, as complicações são causada por uma dieta desiquilibrada

Por Redação A
10/11/2021 15:04:34

 Foto: Divulgação

Para muitos, aquela sensação de queimação no estômago e mal-estar, que geralmente surge após o consumo de fast-food, ou de outros alimentos de caráter gorduroso, pode gerar certa incerteza sobre o que realmente está acontecendo no órgão e se poderia ser algo grave. A gastrite e o refluxo estão entre os principais palpites para o público leigo que já passou por esses sintomas e precisou recorrer a algum recurso farmacêutico para assegurar certo alívio. Vale notar, que existem grandes diferenças entre as condições e estar cientes destas pode contribuir para a procura de um especialista frente a este incômodo. 

Dados da Associação Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia (SBMDN), apontam que o refluxo, também conhecido como refluxo gastroesofágico, atinge cerca de 12% a 20% dos brasileiros. Mesmo assim, boa parcela da população não relaciona os indícios da doença a uma complicação grave, o que prejudica os diagnósticos. Já no caso da gastrite, um levantamento conduzido em 2018 pela Federação Brasileira de Gastroenterologia, identificou que 70% da população no Brasil é atingida pela condição.

Diferenciação 

Segundo o Dr. Ranieri Calaça, Endoscopista do Hospital São José, de Tijucas, existem determinadas características específicas que podem contribuir para a diferenciação das complicações. “A doença do refluxo gastroesofágico é um distúrbio crônico, relacionado com o retorno do conteúdo Gastroduodenal (localizado na primeira seção do intestino delgado) para o interior do esôfago, podendo gerar sintomas como pirose (dor que assemelha à queimação) e regurgitação ácida (sensação de líquido subindo do estômago pelo peito). A gastrite é um processo de inflamação da mucosa gástrica, com principais sintomas de dor e queimação na região epigástrica (área superior e média do abdome)”, completa. 

Além destas diferenças sintomáticas, a origem de ambas as doenças também pode variar. A principal causa do refluxo gastroesofágico é a presença do esfíncter esofágico inferior deficiente (órgão que atua para prevenir que o líquido gástrico atinga o esofago), geralmente associado ao surgimento de uma hérnia hiatal, que se resume a um mal posicionamento do estômago e do esôfago. Já a gastrite, pode ser incitada por diversos fatores, sendo as principais causas: infecciosas, causada pela proliferação da bactéria Helicobacter Pylori no órgão; Atróficas, resultado de fatores alimentares ou Medicamentosas, principalmente mediante ao uso de anti inflamatórios.

Grupos de risco e tratamento 

Quando o assunto são os grupos de risco associados a estas complicações, é importante ressaltar que ambas as patologias têm um acréscimo de sua prevalência conforme o aumento da idade. Para boa parcela da população, os sintomas podem ser facilmente confundidos com breves incômodos no estômago, fazendo com que muitos dos acometidos não busquem a orientação necessária de um especialista. “Este fenômeno gera certa preocupação, pois se não diagnosticadas e tratadas precocemente, estas condições podem evoluir para doenças de maior gravidade, incluindo o câncer de esôfago e estômago”, adiciona o Dr. Calaça. 

Vale notar que, no caso de um diagnóstico conformado, o tratamento das complicações deve sempre ser prescrito por um médico, pois leva-se em conta a causa principal da doença, visando direcionar as medicações ou acompanhamento de acordo com o quadro individual de cada paciente. 

Medidas preventivas

Curiosamente, uma dieta desequilibrada, com consumo exacerbado de sódio e alimentos gordurosos, quase sempre é a principal causadora de ambas as patologias. “Por isso, devemos tentar manter o equilíbrio alimentar, objetivando um alto consumo de legumes, verduras e hidratação abundante, evitando alimentos processados, industrializados, ricos em conservantes, gorduras e açúcares”, ressalta. 

Este fator gera certa preocupação no atual cenário, visto que uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal de Minas Gerais concluiu que, entre as famílias brasileiras, o consumo de alimentos considerados não saudáveis em dois dias, ou mais, por semana durante a pandemia aumentou 5% para os alimentos embutidos, 4% para os congelados e 6% para os doces.

“O mais importante é saber que tais doenças têm tratamento geralmente simples, através de medicações usadas por um pequeno período. Mesmo assim, devemos nos atentar aos possíveis sintomas e ir à procura de um especialista para assegurar que um quadro leve não evolua a complicações que podem afetar a qualidade de vida”, finaliza o especialista. 

Últimas notícias

® 2016 TopElegance Comunicação e Mídia ME. Todos os Direitos Reservados