Política

Comissão isenta vice e aprova impeachment do Governador

Processo foi apresentado no início de agosto por um grupo de 16 pessoas

Por Jaqueline Soares
13/10/2020 15:40:05

FOTO: Solon Soares/Agência AL

A comissão especial encarregada de analisar o segundo pedido de impeachment em tramitação na Assembleia Legislativa aprovou, na manhã desta terça-feira (13), o prosseguimento da ação contra o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) e a retirada dos autos da vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido), segundo relatório apresentado pelo deputado Valdir Cobalchini (MDB).

Ainda no início da sessão, o advogado Marcos Probst, encarregado da defesa do governador, e a deputada Paulinha (PDT), líder do Governo, chegaram a apresentar requerimentos solicitando o adiamento da votação do processo por até dez sessões e o ajuntamento de novos documentos aos autos, que foram rejeitados por maioria de votos.

O pedido de impeachment em questão foi apresentado no início de agosto por um grupo de 16 pessoas, entre advogados, desembargador aposentado, profissionais liberais e empresários, e refere-se à compra de 200 respiradores da empresa Veigamed, com pagamento antecipado de R$ 33 milhões, e a possíveis irregularidades envolvendo a contratação de um hospital de campanha em Itajaí, no valor de R$ 100 milhões.

A acusação também inclui suposta prestação, por parte do governador, de informações falsas para a CPI dos Respiradores em relação à data em que tomou conhecimento do pagamento antecipado dos equipamentos; à falta de procedimentos administrativos para apurar suspeitas sobre atos dos ex-secretários Helton Zeferino e Douglas Borba; bem como à eventual omissão e negligência da vice-governadora em suas responsabilidades quanto à preservação do patrimônio público.

Conforme os relatores, diferentemente de Carlos Moisés, para Daniela Reinehr não foram encontrados indícios do cometimento de crime de responsabilidade. Tanto no caso da compra dos respiradores quanto no processo de instalação do hospital de campanha, a vice teria comunicado os órgãos públicos de fiscalização, como o Ministério Público, a Assembleia Legislativa e a Procuradoria Geral do Estado, tão logo teve conhecimento das supostas irregularidades.

“No caso da vice-governadora, não houve omissão. Muito pelo contrário, razão pela qual nós entendemos que ela não teria cometido nenhum crime de responsabilidade, entendimento que foi seguido pela unanimidade dos deputados presentes. ”

Texto:ALESC 

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