Um médico suspeito de aplicar “eutanásia” em pacientes foi afastado do trabalho após uma solicitação feita pelo Ministério Público. A ação realizada nesta quarta-feira (26), visa apurar os fatos.
De acordo com a 13ª Promotoria de Justiça da Comarca de Itajaí, o médico atua no Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen e também no Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú. Desde março fatos ilegais e antiéticos do profissional estão sendo investigados.
Além do pedido de afastamento do médico, o promotor de justiça solicitou também que ele não forneça nenhum tipo de atividade médica no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde), do município de Itajaí. A ação está sob a análise da Vara da Fazenda Pública da comarca de Itajaí.
Um inquérito foi instaurado na Polícia Civil e está em tramitação. Testemunhas foram ouvidas e dados de pacientes com registros de óbito feito pelo médico ou que tenham entrado em óbito após consulta com o mesmo no prazo de dois anos, estão sob investigação.
Os fatos, supostamente ocorridos entre os anos de 2017 e 2019, chegaram ao conhecimento do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) em meados de março de 2020, por intermédio de representação encaminhada pela Universidade do Vale do Itajaí, onde o médico era professor do curso de medicina.
Uma Sindicância concluída no dia 10 de agosto sob análise de 19 prontuários de pacientes atendidos no Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, constatou a existência de infrações disciplinares. Ou seja, o médico teria aplicado a "eutanásia" em 8 pessoas.
Informações: /Repórter Paulo Robero
EUTANÁSIA
A eutanásia é definida como a conduta pela qual se traz a um paciente em estado terminal, ou portador de enfermidade incurável que esteja em sofrimento constante, uma morte rápida e sem dor. É prevista em lei, no Brasil, como crime de homicídio.