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A média nacional de valor gasta nos respeitadores é de 60 mil a 100 mil reais cada. O governo de Santa Catarina torrou nada menos que 33 milhões em 200 respiradores, uma média de 165 mil reais cada.
A grande questão não é só o preço. Há risco de os respiradores nunca serem entregues, já que uma empresa de pequeno porte do município de Nilópolis/RJ foi a contemplada com a encomenda. O que causa estranheza é a fácil constatação de que a contratada, até o dia da encomenda feita pelo governo do estado, só tinha trabalhado com fabricação de gaze e mobília.
E ainda por cima a maior venda já realizada pela empresa para o setor público era de 24 mil reais. A empresa fica localizada em uma casa simples.
O número de telefone da empresa, cadastrado no site da receita Federal, por mais que se faça ligações não existe atendimento, e ainda em outros sites em consulta rápida na internet, aponta o número pertencente a uma casa de massagem.
As irregularidades e erros cometidos por Santa Catarina São diversos.
O processo para compra, facilitado pelo de estado de calamidade decretado pelo governador, foi acelerado a nível estratosférico. É uma das facilidades quando se decreta estado de emergência ou calamidade, a burocratização é diminuída para decisões rápidas e até mesmo contratuais poderem ser flexibilizadas.
O problema é que o processo de compra e depósito de 33 milhões de reais, em duas parcelas, foi realizado em um lapso de tempo de 5 horas. Rápido até demais.
Pelo que se pode entender a respeito da situação, é que o Estado de Santa Catarina pagou por modelos de respiradores que foram trocados para uma versão bem mais simples. E assim a empresa vai economizar um montante aproximado de 21 milhões de reais nos custos de importação, que provavelmente virão da China, é como se Moisés tivesse encontrado de um vendedor que importa produtos do AliExpress ou eBay.
Se por um lado o STF blindou governador pelas ações que suspendiam as garantias constitucionais, como o direito de ir e vir, a veigamed, empresa de fundo de quintal. Qual o governo despejou 33 milhões de reais em suas contas, pode ter dado um fôlego para os deputados que desejam o impeachment de Moisés.
Fica claro que a compra foi irresponsável, incoerente com o dinheiro do contribuinte.
Até o momento não se tem certeza se todos os respiradores chegarão, nem mesmo podemos saber se um deles sequer estará disponível nos hospitais de Santa Catarina nos próximos dias.
O prazo de entrega já está vencido. E ainda que cheguem com muito atraso, O valor está superfaturado.
Um representante do governo catarinense chegou a dizer que o estado do Mato Grosso do Sul teria gasto com valor muito superior respiradores encomendados do Panamá, O problema é que vários grupos de imprensa fizeram contato com aquele estado e eles comprovaram que gastaram 85 mil por respirador, valor bem diferente dos 165 mil gastos pela equipe de Moisés.
Na melhor das hipóteses os respiradores vão chegar até o final de junho, se chegarem.