Foto: Marcos Horostecki/ND / Divulgação
A Acors (Associação de Oficiais Militares de Santa Catarina), divulgou na noite desta terça-feira (14), uma nota de repúdio contra a ação da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), que deteve o Comandante da Polícia Militar de São João Batista Tenente Paulo Renato Farias. A Associação afirma que a ação da DEIC colocou em grande risco não somente as pessoas daquela comunidade e os Policiais Militares que foram pegos de surpresa com a troca de tiros, mas principalmente os próprios Policiais Civis que participaram da operação contra os bandidos que tinham um plano de explodir o Banco do Brasil em um assalto.
O tenente Paulo Renato Farias esteve na Sede da DEIC à paisana e tentava participar da entrevista coletiva onde foram apresentados dados e informações sobre a operação da DEIC que terminou com três mortos, quatro detidos e outros quatro foragidos. O Tenente foi impedido de participar da coletiva e mesmo após se identificar foi levado à uma sala, onde ficou detido e acusado por resistência à prisão e por ter se negado a se identificar.
O caso rapidamente ganhou repercussão nos noticiários devido a um grande número de jornalistas que aguardavam a coletiva. Um oficial da corregedoria da PM esteve no local para entender o que estava ocorrendo, como o Tenente se recusou a assinar um termo circunstanciado onde reconheceria culpa nas acusações a ele impostas, foi levado à Sede do Batalhão em Balneário Camboriú e passará por uma audiência de custódia ainda nesta quarta-feira.
Nota na integra
“A ACORS – Associação de Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, vem a público manifestar seu descontentamento com a forma como Policiais Civis da DEIC trataram um Oficial da Polícia Militar, impingindo infração penal que não existiu e utilizando argumentos inverídicos. Os aspectos que envolveram a detenção do Oficial da Polícia Militar serão solucionados rapidamente, pois o Oficial não cometeu crime algum. Porém, ele tentava entender o porquê, como Comandante do Pelotão da Polícia Militar no município de São João Batista, não foi informado de que a DEIC faria uma operação, naquele município, para a captura de uma quadrilha de assaltantes de banco fortemente armados. A ação da DEIC colocou em grande risco não somente pessoas daquela comunidade e os Policiais Militares que foram pegos de surpresa com a troca de tiros, mas principalmente os próprios Policiais Civis que participaram da operação, pois, para um momento daqueles, como saber quem é o “mocinho” e quem é o “bandido”. Infelizmente brigas e ranços pessoais estão interferindo na prestação do serviço à sociedade, e poderão gerar outros fatos desnecessários entre as instituições. A ACORS não coaduna com essa forma de agir da DEIC, pois a única prejudicada será a sociedade, a qual juramos servir, e buscará na justiça os direitos do Oficial pelo constrangimento que passou.